Estou em uma guerra interna, entre a HUMILHAÇÃO, tendo como vitória um futuro tão feliz quanto o presente, porém ilusório e o AMOR-PRÓPRIO, tendo em vista uma era de novos preceitos e amores. Amores esses que talvez não sejam tão intensos quanto aquele que agora reje essa guerra que há em mim.
A humilhação defende uma coisa que talvez só tenha existido em si, uma coisa em que acreditava (e acredita ainda, mesmo que haja pouquíssima certeza). Já o amor-próprio acha que tudo que já se passou neste campo de batalha só foi uma ilusão e tudo que havia de bom e prazeroso era mentira. O amor-próprio acredita também que seu adversário (sem nenhum conhecimento sobre a vida ou qualquer coisa que esteja ligada a ela) sempre o retrucou e nunca concordou com nada que lhe fosse proposto e que esta é a hora de seguir em frente e esmagar a humilhação é um jeito de alcançar a liberdade e ser de fato feliz.
Eu não tenho saída e se tivesse talvez nem a usasse. Enquanto não decido o que sinto ou o que quero, choro, sem saber por quem. Não sei se choro por mim ou pelo meu coração. Oh pobre do meu coração, este que é o campo de batalha, este que é apedrejado, este que sempre tão ingênuo e confuso só quis ser o palco de uma grande história de amor e saber o que era a felicidade.