sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Minha!


Minha felicidade você não tira.

Ela vem da terra, de onde eu vi, e para onde um dia voltarei.
Sou mais do que penso, do que sinto, e possuo muito mais força que meu corpo mostra, pois ela vem de dentro, e aqui você não toca.
Pode parecer que é rancor, mas na verdade é só mais um modo que me propus a enxergar os muros que me cercam, e que estão baixando, desaparecendo.

Poder que não se mede, não se ensina e nem se aprende, pode ser chamado de amor. Amor próprio.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Não tenho saudade de você, tenho saudade de quem você era.

Eu me lembro com muita perfeição de quando combinávamos um horário pra nos vermos e você sempre se adiantava, e nunca, jamais desistia de me ver porque eu havia me atrasado mais uma vez, às vezes ainda trazia uns brindes. Tenho saudade de quando me presenteava, e dos seus presentes, o que eu mais gosto é de saber que estava pensando em mim. Sinto falta de quando você me mostrava que a melhor parte do seu dia era quando me encontrava, e gostava bastante de quando você compartilhava as suas alegrias comigo, sem que eu perguntasse sobre elas.
Era bom quando você gostava de exibir sua felicidade pros seus amigos, que era eu, era melhor ainda quando planejava as nossas estripulisses, quando se esforçava pra isso.

Me lembro perfeitamente de uma das suas viagens, do seu retorno, não queria nem desfazer as malas, só queria me encontrar, eu te achei lindo, sua barba estava perfeita (por causa da saudade, bom, até que estava legal mesmo) e mais perfeito que isso foi o abraço que você me deu, não disse nada, só me abraçou e me rodou. Eu queria que o mundo tivesse parado de girar pra sempre naquele momento.

Sinto falta da época dos mimos, não pelos mimos, mas pela importância que dávamos um ao outro, sofro pesarosamente por saber que estes tempos, bons tempos, não vão voltar e meus olhos viram mar (quase literalmente) só de trazer à consciência esse fato que já se consumou. É difícil viver de lembranças, ou de esperanças vãs, de certezas flutuantes.

O que eu queria é tão pouco, que às vezes chego a me condenar por querer tanto.

domingo, 18 de setembro de 2011

Condição

Se eu tivesse forças eu aguentaria, se eu soubesse das palavras certas eu descreveria.
Entretanto, todo o meu consciente está alterado, não estou com as noções normais de certo ou errado, confusão se mistura a tudo nesse momento e meu coração está acelerado há algum tempo. Não vejo solução cabível para mais nada, meus olhos marejados me impedem de enxergar a frente. Contudo, o que eu não aceitaria seria um futuro sem a sua presença. Porque, na verdade, eu ganhei o que queria para toda a vida há 5 anos. E mesmo que tudo dê errado, se mais pra frente só restarem mágoas... Eu não vou saber se não tentar, e aceito a condição.

Nessa roda viva de fantasmas, eu tento exorcizá-los, e me afasto te puxando comigo, nem sempre você percebe que eu estou te chamando, queria que soubesse que nunca te mando embora. Eu peço pra se aproximar de maneiras diferentes. Nada aqui tanto faz, mas nada depende de mim. Meu coração eu o dei a ti, e não precisarei dele sem você.

sábado, 3 de setembro de 2011

Por esses dias o que mais tenho desejado é sossego. Deitar-me sob cobertas aquecidas, fitando gotículas que caiam e rumam sem norte nas vidraças.
Ou simplesmente tomar um banho de chuva. Desejo acima de tudo sentir algo, meu coração descompassar, minha pupila delatar, minhas mãos soarem.

Emoções, emoções..

Quero fincar meus pés na terra molhada, sentir-me parte fundamental da natureza que destruo, e me destruo.