sábado, 19 de novembro de 2011
mimimi
Com toda essa realidade bastarda. Tantas cobranças, tantos problemas, tantas injustiças sociais, tanta indiferença... E tantas outras coisas. Eu começo a me apegar no irreal, àquilo que invento para crer que talvez o mundo ainda tenha solução, que as pessoas talvez percebam que o rumo que estão tomando não é o certo, não é aquele que leva à uma evolução, espiritual, pessoal, profissional...
Não sei, quem sabe elas percebam que família não é uma instituição falida, que amizades são cultivadas com afeto e sinceridade, mais que apenas camaradagem na hora daquela gelada. Que o amor é muito mais que uma palavra clichêrizada, tema de stund up. Quem sabe percebam que "eu te amo" não é um passaporte, e sim a representação falada de um sentimento complexo, e exige muito mais que noites quentes e vestidos justos.
Me apego a uma realidade que não condiz com a minha vida, mas encontro nos contos que declamo para mim, a fé de que preciso, a força que necessito. É como se o pó de pirlipimpim que paira na minha imaginação pudesse tampar o buraco que aumenta todos os dias dentro do meu peito.
Talvez assim eu consiga enchergar que a luta traz consigo a vitória, e toda derrota traz como "prêmio de consolação" o aprendizado.
Sinceramente, penso que um pouco mais de compreensão e carinho já bastariam para uma possível mudança de postura populacional. O fruto do individualismo, é a solidão.