quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Inveja, lucidez e facebook


A inveja alheia nunca me afetou. Embora eu soubesse de sua existência, nunca deixei de fazer, ou dizer publicamente o que sentia, ou o que queria.

A verdade é que eu gostava de ser transparente (sem piadinhas com a minha cor translúcida), gostava de mostrar, demonstrar e provar o que sentia, sem medo do que as pessoas iriam dizer, pensar, e muito menos fazer a respeito. Às vezes até sem notar se era ou não recíproco.

Independente de qualquer coisa, mal ou mágoa, amadurecemos, eu amadureci. Percebi que esse modo tão aberto de viver e mostrar as vivências não é muito aceitável, nem lúcido. A inveja tem sim, facebook, a vingança pode até ser um prato que se come frio, mas é preparado às pressas, e a reciprocidade, em alguns casos é fundamental.

sábado, 19 de novembro de 2011

mimimi


Com toda essa realidade bastarda. Tantas cobranças, tantos problemas, tantas injustiças sociais, tanta indiferença... E tantas outras coisas. Eu começo a me apegar no irreal, àquilo que invento para crer que talvez o mundo ainda tenha solução, que as pessoas talvez percebam que o rumo que estão tomando não é o certo, não é aquele que leva à uma evolução, espiritual, pessoal, profissional...

Não sei, quem sabe elas percebam que família não é uma instituição falida, que amizades são cultivadas com afeto e sinceridade, mais que apenas camaradagem na hora daquela gelada. Que o amor é muito mais que uma palavra clichêrizada, tema de stund up. Quem sabe percebam que "eu te amo" não é um passaporte, e sim a representação falada de um sentimento complexo, e exige muito mais que noites quentes e vestidos justos.
Me apego a uma realidade que não condiz com a minha vida, mas encontro nos contos que declamo para mim, a fé de que preciso, a força que necessito. É como se o pó de pirlipimpim que paira na minha imaginação pudesse tampar o buraco que aumenta todos os dias dentro do meu peito.

Talvez assim eu consiga enchergar que a luta traz consigo a vitória, e toda derrota traz como "prêmio de consolação" o aprendizado.
Sinceramente, penso que um pouco mais de compreensão e carinho já bastariam para uma possível mudança de postura populacional. O fruto do individualismo, é a solidão.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Meu lugar



Eu ir embora?
Por que eu faria isso? Se aqui é onde eu consegui encontrar o sentido para a rotação dos meus sentimentos, se é aqui onde eu me sinto livre, e onde meu lado sonhadora se manifesta. Aqui é o meu lugar. Habito em você.

Mas se me mandar embora, eu vou, sem olhar para trás. Então, pense muito bem antes de me dar a oportunidade de dar um passo em falso.

De ontem em diante...




De ontem em diante serei o que sou no instante agora
Onde ontem, hoje e amanhã são a mesma coisa
Sem a idéia ilusória de que o dia, a noite e a madrugada
são coisas distintas
Separadas pelo canto de um galo velho
(...)
Quem surgiu primeiro? o antes, o outrora, a noite ou o dia?
Minha vida inteira é meu dia inteiro
Meus dilúvios imaginários ainda faço no chuveiro!
Minha mochila de lanches?
É minha marmita requentada em banho Maria!
(...)
E se antes, um pedaço de maçã
Hoje quero a fruta inteira
(...)
Da luta não me retiro
Me atiro do alto e que me atirem no peito
Da luta não me retiro...
Todo dia de manhã é nostalgia das besteiras que fizemos ontem

Memória




Naquele dia quando estávamos juntos na nossa viagem e eu sentia frio,
pensava, desejava, com muita força que aquele momento jamais acabasse,
que fosse de fato para sempre como sempre dizíamos um ao outro, ainda
que tivéssemos medo da intensidade dessa palavra, não por gostar de
sentir frio, mas por perceber que havia muita física entre nós. rs
Que sempre que eu me sentisse fraca você estaria comigo, que me
abraçaria e passaria a mim a sua força. E eu ria feito boba por
perceber mais um dos seus muitos poderes sobre mim que agora era o de
me aquecer e de prover cada vez mais sonhos.


Hoje eu me lembro do seu cheiro, do meu reflexo nos seus olhos e de
estar reclamando disso, queria ver as cores difusas sem nenhuma
interferência, sem nenhum e.t. descabelado e lembro de eles serem
apertados quando você ri, e lembro das suas mãos no meu pescoço
enquanto me beijava, me fazendo pensar que queria me matar. rs
Lembro de você me fazer rir sem parar, de me tirar o sono e fazer
existir em mim ansiedade de viver ao mesmo tempo que me ensinava a ter
calma.


Eu posso dizer muitas coisas das quais eu lembro e até sobre algumas que percebi depois. Eu estava vivendo pra você e nem reparei, sem notar contava as horas pra te encontrar, falar com você, desabafar, me confortar rir até minha barriga doer e fazer o mesmo contigo. Eu tinha um amigo!


Vou comprar um baú daqueles mágicos que não tem fim, guardar
tudo o que intensamente EU vivi ao seu lado, até hoje. Exceto o que eu aprendi,
isso aí eu vou levar comigo, de repente o anel que eu só achei bonito
e comprei ganhou significado.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

CFA



" Mas acontece tipo assim: lembro do seu rosto, do seu abraço, do seu cheiro, do seu olhar, do seu beijo e começo a sorrir, é assim mesmo, automático, como se tivesse uma parte do meu cérebro que me fizesse por um instante a pessoa mais feliz do mundo, mas que só você, de algum modo, fosse capaz de ativar. Eu sei, é lindo. Mas logo em seguida, quando penso em quão longe você está sinto-me despedaçar por inteira. Sabe a sensação de arrancar um doce de uma criança? Pois é, sou essa criança. E dói. Uma dor cujo único remédio é a sua presença. Então sigo assim, penso em você, sorrio, sofro e rezo, peço pra Deus cuidar da gente, amenizar essa dor e trazer logo a minha cura. "  Caio F. Abreu

domingo, 13 de novembro de 2011

2011


Fim de ano taí, e eu chego a uma conclusão que parece ter virado oração de reveillon: Estou ficando velha.
É só olhar para os meus pés, antes sem calos, maciiios.. Hoje com histórias de por onde andei. Em meu rosto já habitam as marcas de expressões das emoções vividas, das que quis viver e me causaram frustração. Minhas mãos, que já não tocam como antes, hoje, muito mais cautelosas, ou medrosas.. É como se eu soubesse de tudo que pode dar errado, mas na verdade só tenho receio.
Este ano, eu vivi coisas que ... eu realmente não imaginava que viveria. Cumpri planos feitos ano passado, 2 dos pedidos que fiz nas 7 ondinhas não se realizaram, pedi saúde, e estou desenvolvendo miopia. Bacana né?! Teve mais um que não se concretizou, ou vai ver, ele até se cumpriu, eu que não percebi. Os outros 5 eu não lembro.
Eu prometi que diminuiria as empadas de chocolate e, milagrosamente, não comi mais nenhuma desde janeiro. HAHAHA SOU INCRÍVEL. Mas é só porque não tem nenhuma casa da empada no raio envolto entre casa-trabalho.
Posso dizer que estou com medinho do próximo ano, parece que estou ficando mais frágil ao passar dos tempos, e o que eu tenho pela frente vai exigir força de mim. Lógico que eu não desisto, eu sei ser persistente, às vezes até demais.

O que eu sei, é que 2012 vai ser bem diferente de todos os outros.. Como tem sido desde 2009. A cada ano uma lição de vida. Acho que deste ano eu vou levar as pessoas, e a importância que cada uma delas tem pra mim. As lutas que viveram, suas preocupações comigo, e o que mudaram em mim. Mesmo que eu não diga nada, mesmo que eu seja assim, calada, sem saber me expressar com falas e olhares.
Fiz laços que não quero que se desmanchem com o tempo, tomei decisões que mudaram a minha vida, de novo. Acho que estou aprendendo a ouvir mais, e finalmente começando a me importar mais comigo. Percebi que sei controlar minha vontade de comer chocolate, e que pressinto quando vai me dar febre (pode ser útil). Vou levar também mais papéis que nunca, comprei muito mais livros que ano passado, e a meta pra 2012 é ainda maior (Deus, me dê tempo)!

Ainda tenho muito a aprender, e a pôr em prática, porque tem coisas que a gente sabe, mas não sabe como pôr em prática. Quanto a envelhecer, hoje em dia há tantos cremes anti-rugas.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Leoni s2


Gente, Leoni me ama muito! escreveu essa música pra mim.
É, eu sei que não é lá uma declaração de amor e tals, mas eu estava habitando no pensamento dele no momento em que escreveu isto. hahahahahaha


Da janela, a noite cai no asfalto
os carros pintam de vermelho e branco
a cidade que ela vê do alto
e dentro do peito o coração aos saltos
sai do banho e põe o som mais alto
canta e dança, a noite é uma criança
serve um drink antes da balada
misturando o medo com a esperança
E se nada acontecer a culpa é dela com certeza
Por que atrás da porta certa, é certo se esconde a noite perfeita
a noite perfeita,a noite perfeita,a noite perfeita

Mais um drink só pra entrar no clima
pra manter no rosto algum sorriso
ela busca alguém que viu num sonho
mas ela pressente que ele não existe
quando o que era pra ser divertido
pouco a pouco ficou muito escuro
toda a luz virou borrão no vidro 
falta muito pouco pra tocar no fundo

(...)

Mais um drink pra esquecer de tudo
pra não ver o sol pela janela
Só queria ter alguém ao lado
Pra dizer baixinho o nome dela

E como nada aconteceu
a culpa é dela com certeza
por que atrás da porta certa, pra sempre se esconde
pra todo sempre se esconde a noite perfeita
a noite perfeita,a noite perfeita,a noite perfeita



terça-feira, 8 de novembro de 2011

Valores

Eu nunca fui do tipo que colecionava "figurinhas".
Sempre achei bobagem ter o celular com muitos contatos (tem gente que os amontoa e não liga pra nenhum deles), até andei limpando alguns nomes da minha agenda essa semana. Ter muitos pretendentes comigo não dá certo, nunca deu. Não sei administrar, sempre dou total atenção ao único que me interessa (com direito a nome no caderno envolto de coraçõeszinhos. ok, isso era quando eu tinha 13 anos).
Experimentar coisas novas nem sempre me encheu os olhos, como até hoje não enche. Sou mais de descobrir algo que me motive, e repeti-lo se for preciso até renovar o modo, mas nunca deixá-lo de lado. É, sou meio quadrada.

Posso não colecionar figurinhas, mas meu quarto é tão cheio de papéis que o dono da Flax ficaria com inveja de mim. Guardo todos os textos meus, cartas que ganhei, fotos, agendas, fora os livros de romance e os didáticos que desputam entre si, qual é o maior. Mas aqui é diferente, não são informações avulsas, primeiro que eu sempre reciclo leitura relendo um livro ou outro, e os meus textos são a minha vida, toda posta em palavras, e a minoria eu posto aqui. Tem coisas que escrevo no ônibus indo pro trabalho (acho que é o momento mais limpo de informação durante toda a minha jornada frenética diária).

Falando sobre tudo que eu não coleciono, o mais siniiiiistro é o amor, não amei muitos, mas amei muito, amo ainda e isso é difícil. Amor é difícil, parece fácil, mas tenta amar pra ver. É siniiiiistro. Não sei pausar sentimento, e muito menos dar ordens a ele. Coração faz o que quer, e faz da nossa vida um caderno de vestibular, você tem pouco tempo pra responder todas as perguntas e deve errar o mínimo possível.

Ps, nada com nada meu início e o final né.. hahaha

Silêncio


 Ela se permitiu calar, porque falar, gritar, até chorar, já não resolve mais nada.
No fundo sabe viver bem com essa angústia que tem fincada no peito. Às vezes até faz piada, quando convém.
Podem até dizer que é orgulho, ou medo, tanto faz. Ela se entende, ou tenta. E logo, logo, essa fase vai passar.