domingo, 26 de junho de 2011

Partida

Posso sentir sua falta agora, e não vou me privar disto. Não vou fingir felicidade, nem forçar para que ela venha, quando ela quiser fazer morada em mim, fará. Vou cuidar do meu torpor. Deixar que as lágrimas caiam, e esperar em vão que você apareça. Não vou me fazer de forte, minha força vou deixar para casos mais sérios.
Essas dores passam, sempre passam, vou me acostumar com isto, como já me acostumei com tantas outras coisas. Vou me preocupar comigo e criar planos, como sempre.
Vou tentar lembrar das coisas boas que você me disse e fingir que estava bêbado quando usou de sua escrotisse.

Vou ser como uma semente esperando seu tempo para germinar.
Vou me alimentar de sol e luz, mais alguns chocolates. Fechar os olhos e esperar pela chuva, assim sinto algo diferente no meu corpo. Vou dar passos que minhas pernas aguentem e que não me causem vertigens.
Vou sonhar com os seus olhos todas as noites, e procurar o seu perfume no ar sempre que eu inspirar fundo.
Procurarei abrigo em mim, e quando me sentir pronta, limpar tudo o que tenha você.
Por enquanto, está intrínseco demais e não sei quanto tempo permanecerá assim.