... é inestimável, incalculável e impagável. Eu tenho uma amiga, mas uma amiga, nós nos parecemos em muitas coisas, mas sei que não é isso que nos faz amigas. A nossa amizade eu chamaria talvez até de complô, sim. Complô contra quem nos faz mal, complô contra os cafajestes que nos aparecem pelos caminhos, contra as lágrimas que insistem em escorrer pelos nossos olhos. Não há um dia sequer que eu não sinta falta dela e o mais bonito dessa amizade é que, eu sei que ela também sente o mesmo. A gente às vezes até completa as frases da outra, são risos espôntaneos, lágrimas de felicidade e até ordens dadas tudo pra não ficarmos sozinhas em algum momento ou situação.
É comum conhecermos pessoas que dizem: Amigo é pai e mãe, eu não acho que seja bem assim. Meu pai tá muito, mas muito longe de ser meu amigo e minha mãe, bem, sei que ela quer meu bem, mas ainda não chegamos neste estágio em que eu conto as coisas pra ela e ela depois não me alfineta com tal declaração. Amigos fora de casa existem, eles nos dão apoio moral, sentimental, nos alegram, nos levantam. Às vezes os "amigos da rua" são muito mais amigos do que aqueles que vivem sob o mesmo teto que nós. As pessoas dentro ou fora de casa são muito imprevisíveis, amizade está ficando cada vez mais escassa e é por isso que eu prefiro preservar as que eu tenho.