Sabe quando você está completamente vivendo o presente e o passado - aquele que você guarda a umas 777 chaves a 14 palmos da terra- vem de encontro a você reaparece do nada. Relaxa, meu passado não é obscuro, eu não matei ninguém, eu nunca fugi de casa com um cara chamado Rônisson Augusto, etc. Até que eu fui uma criança bem normal, mas eu dei uma de espertinha na quarta série. Seguinte: O meu primo topou com uma colega de classe minha e ela sem querer arrebentou sua mochila. Quando eu descobri que tinha sido ela, fiquei extorquindo a menina por meses a fio. Eu paguei minha colônia de férias com o dinheiro que arranquei dela! Fora os lanches. Coitada.
Mas na verdade, eu comecei a escrever isso porque peguei um cd com umas fotos antigas (antigas tps, 4 ou 3 anos atrás). Sabe, hoje eu entendo o que as pessoas queriam dizer com "magrela" quando se referiam a mim. Nesse mesmo cd tem fotos de umas amigas minhas. E parando pra pensar percebo mais um clichê dessa vida (acho que vou trocar o nome do meu blog de novo. para "mais um clichê" que tal?), amizades vêm e vão. E o mais engraçado é que a gente sempre acha que elas vão ser eternas e catabump! Elas se desfazem, e essas amizades as quais eu me refiro, foram daqueles tipos que todo mundo sempre achava que onde estava uma, estavam as outras. Éramos inseparáveis. Mas aí, a gente cresce, os rumos mudam, as trilhas se separam, e vai cada uma para um lado, sem dizer adeus.
Eu também achei outro dia um cartãozinho que eu escrevi para minha mãe quando ainda estava no jardim. "mãe felis dia das mães. eu amo muito você."
Taí coisa que minha mãe guardava em demasia. Trabalhos meus da época do jardim. Sabe aquelas figuras completadas com arroz, milho, farinha, algodão (clássico)... Então essas mesmo, ela só jogou fora porque já estava cheio de bichinhos.
Mas até que foi bom rever todo esse material e passar uns momentos recordando esses tempos que um dia foram fáceis (eu sempre termino meus textos com muita melancocidade, mas eu juro que sou feliz xD).