terça-feira, 26 de abril de 2011
A nômade II
Esses dias conversando com minha migs do coração (a quem eu prometo declaração pública há um tempinho) falando sobre um amigo (que na verdade não é meu amigo, sei tudo dele, mas não é meu amigo). Disse que ele era um ser evoluído por ser EU, só que encarnado num corpo diferente do sexo oposto.
Evoluído por n motivos. não guardar nenhum tipo de mágoa, ser centrado, cético em alguns momentos, são algum deles. É uma pena que seja flamenguista e nem é carioca (acho maior babaquice torcer pra um time que nem é do seu estado, mas né.. quem sou eu para falar de amor ao futebol e zzz)
Daí você me pergunta. Uau você é assim? Na verdade não, eu guardo mágoa até não conseguir mais, depois de uns anos a mágoa meio que prescreve, tipo.. spc, serasa e tals. sou centrada só na assinatura (a moça do banco me disse isso e eu pensei "coitada, não sabe avaliar pessoas"). O ceticismo pode até ser um ponto em comum, mas pouco, sou uma espécie de cética crente e claro, sou botafoguense, não roxa, mas alvinegra.
O que mais nos diferencia é que ele não é mais primata. Eu e minha família, ou grupo, sei la como se chamaria no tempo paleolítico, temos casa, mas isso não influencia em quase nada porque de repente minha mamis resolveu fazer um tour pelo Rio de Janeiro e morar em lugares avulsos procurando seu lugar ao sol.
Hoje, essa ideia não me apavora mais como já me assustou no passado (dois anos atrás). Até porque eu só durmo em casa. Acordo e vou pra minha rotina de proletária : Trabalho-estudo-casa-cama, dormir muito, pra sempre (umas 6-7 horas. nem vem que é mega pouco). Trabalho-estudo-cama. E a rotina se repete. TODOS.OS.DIAS. sem excetuar-se absolutamente nada, nem domingo, bom, domingo eu não trabalho, mas estudo então...
Que diferença vai fazer eu dormir em uma localidade diferente... Já que quando eu tiver 30 anos e me casar, eu vou morar com meu marids fofis numa casa em qualquer canto do mundo.
-Para esclarecer, não estou planejando casamento, mas 30 anos me parece uma boa idade para se casar, aí com uns 35 eu tenho meu primeiro filho =) e vou tendo um a cada ano até a menopausa. Caô, depois do quinto eu paro. Caô de novo-
A verdade é que desde a ultima vez que voltei pro lugar onde sempre morei desde minha fecundação (não, não resido num útero), percebi que não é lá tão válido se prender tanto a uma terra, porque provavelmente em um dado momento, vai ter que se ausentar de novo. e de novo.
Porque até chegar a estabilidade muitas coisas acontecem e o aquecimento global está aí para derrubar cada vez mais barrancos e matar cada vez mais pessoas, tornar áreas cada vez mais perigosas, etc.
E depois, a UERJ é muito longe de Nova iguaçu. Embora eu só possa contar com isso depois que passar, acho muito válido se preparar.
Dessa vez não vai haver choro, nem resistência. Dessa vez eu quero também, ser nômade pode ser legal :D. O Zeca Camargo é feliz... Porque eu não posso ser? Nem ligo se ele vai de primeira classe. A graça é o sufoco (com limites).
sábado, 23 de abril de 2011
Bem me queira
E eu continuo perdida sem saber quem eu sou, exalando cheiro de neném, jogando o cabelo como mulher, amando como uma princesa adolescente.
Querendo mais de você, querendo força e fé.
Não consigo entender certas coisas e descobri outras mais, queria te contar com o meu entusiasmo, que se esvai sempre que você me magoa.
Eu cansei de declamar bem-me-quer, mal-me-quer, as pétalas acabaram em mal-me-quer e eu me recuso a acreditar que vá ser sempre assim, não sei quem mais devo penalizar, se são as flores até que elas me deem a resposta que tanto quero ter, ou a mim, que escolhi assim.
Escolhi amar você, escolhi o caminho mais difícil, escolhi perder o sono por quem não pensa mais em mim. O fardo da escolha é pesado. Quero correr e chorar como criança, parar de me fazer de forte. Horas a fraqueza precisa prevalecer.
Só te abraçar, te beijar, sentir seu cheiro, ouvir sua voz. Você me proteger, só quero isso. Que você me queira bem e cuide de mim, como jurou que ia cuidar, para sempre.
Cantarolando dor
Ando por aí perdida, embora achada
Arrependida, embora tenha certeza
Desiludida, embora haja esperança em mim
Ando por aí esbanjando alegrias, sorrisos e motivos
Espalhando vida a quem não sabe viver
Aprendi com você como fazer
A lágrima com um sorriso esconder
Me espelhei na sua mentira orgulhosa
Olha o que me tornei
Agora vivo a cantarolar a dor
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